A história da bicicleta
Sendo um veículo não poluente e de baixo valor de manutenção, a bicicleta (do francês bicyclette que deriva de bicycle união de bi, dois, com a palavra grega kyklos, roda) é um veículo de duas rodas presas a um quadro, movidas pelo esforço do próprio usuário (ciclista) através de pedais, sendo assim um velocípede de duas rodas.
Bicicletas primordiais
O homem criou a roda e a partir daí não mais parou de inventar meios para se locomover. Tudo começou por volta de 1790, em Paris, pelo conde Mede de Sivrac. Ele ligou um pedaço de madeira a duas rodas e chamou de celerífero. Eram apenas duas rodas e uma base. Nada de jogo de direção, pedais ou freios e o impulso era realizado com os pés.
Em 1817 o Barão Von Drais incrementou o projeto do celerífero. Engenheiro agrônomo e florestal vindo de família rica, este pode ser considerado de fato o inventor da bicicleta.
Instalou em um celerífero um sistema de direção que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento e um sistema rudimentar de freios juntamente com um ajuste de altura do selim para facilitar o seu uso por pessoas de diversas estaturas.
Selim como era chamado a atual sela era semelhante a uma sela de cavalo. Utiliza-la era simples, o condutor se sentava no selim, utilizava os pés em uma corrida para ganhar impulso até que a velocidade atribuísse equilíbrio e somente então era a hora de levantar os pés e seguir o caminho até haver uma necessidade de uma nova tração.
Então Nascia a Draisienne
Mesmo patenteada, muitas Draisiennes modificadas começam a aparecer pela Europa , com toques de metais , melhor aerodinâmica entre outras modificações.
Graças a esses feitos no dia 20 de abril de 1829 acontece a primeira competição em Munique. Envolvendo 26 draisianas foi realizada numa distância de 4,5 km e seu vencedor cumpriu o trajeto em 31,5 ‘minutos, a uma média de 8,6 km/h, um feito para a época.
Já em 1839, o ferreiro escocês nomeado Kirkpatrick Macmillan inventou o que era de extrema importância para a futura bicicleta: o pedal. colocado junto à roda traseira por meio de um manete. Este sistema era semelhante ao daqueles carrinhos de pedais usados por crianças.
O pedal deu a bicicleta mais rapidez e estabilidade. A invenção da bicicleta de pedais é atribuída a MacMillan, apesar de seu modelo ter começado a ser fabricado pelo inglês Thomas McCall, 30 anos depois.
Alguns historiadores duvidam que o invento possa ser creditado a MacMillan: Afinal não restam nem esboços nem modelos anteriores aos de McCall.
Em 1855, o ferreiro francês na cidade de Brunel especialista em carruagens, Pierre Michaux, aprimorou o pedal e inserindo-o na roda dianteira facilitando assim a tração e tornando menos cansativo o uso do que seria taxado de bicicleta moderna.
Bicicletas da revolução industrial
No século XIX um momento muito especial na história da humanidade, com uma impressionante revolução de idéias, conceitos, inúmeras realizações e transformações sociais e finalmente chegamos na bicicleta que todos adoram ver.
A famosa Big Wheels , como o nome em inglês já diz são as “grandes rodas” com a roda dianteira extremamente desproporcional com a traseira.
Em 1870, a produção das bicicletas de roda alta, sendo um dos modelos mais conhecidos (e caros) nomeada de Ariel, tendo como seu inventor James Starley.
A história da bicicleta continua
Apesar de agora soar estranho, essas bicicletas era mais cômodas do que suas predecessoras, mas sua popularidade foi limitada porque “precisavam de um acrobata” para conduzi-las, segundo o site Ibike. A história da bicicleta é bem interessante.
Trata-se da primeira bicicleta totalmente fabricada em metal, graças aos avanços da metalurgia na revolução industrial para produzir peças leves e pequenas. As rodas eram cada vez maiores porque em cada pedalada se avançava mais e se ganhava mais velocidade tornando assim a mobilidade mais efetiva.
De fato, alguns modelos conseguiam atingir a marca de 40 km/h o que era um enorme feito para a época. Como a segurança era um problema, também foram fabricados modelos com três ou quatro rodas.
Bicyclette
Em seguida, a primeira bicicleta a possuir um sistema com corrente ligada às rodas foi projetada por H.J.Lawson, em 1874. Seu terceiro modelo, a “Bicyclette”, foi desenhado em 1879. Esta bicicleta já possuía maior estabilidade, segurança e conforto.
A partir de 1880, o inventor inglês John Kemp Starley projetou uma bicicleta semelhante as atuais. Possuía guidão, rodas de borracha, quadro, pedais e correntes.
Esta marca o que conhecemos como a bicicleta moderna. Elas se chamavam “safety bike” por conta da segurança que proporcionavam em comparação as “Big Wheels”.
A transmissão possibilitava que as rodas tivessem o mesmo tamanho, o que variava era o tamanho da coroa na dianteira e do peão na traseira.
Unidas pela corrente, essas peças podiam levar o ciclista a distâncias nunca antes imaginadas e com total segurança.
Tudo isso sem contar o rendimento energético, a força aplicada ao pedal rendia muito mais e com menos trabalho humano a cada pedalada por conta do sistema de corrente.
Vale salientar que a bicicleta até aí eram conhecidas como “shake bones” em português seria o “chacoalha ossos” devido as ruas serem de calçamento.
Rodas com pneus
Em 1888, John Dunlop acrescentou as rodas com pneus, tornando os trajetos mais cômodos. A partir dos anos 1890, as bicicletas começam a ser produzidas em larga escala.
Ciclistas organizaram-se em clubes, que realizavam grandes paradas, quase manifestações de poder. Para o público em geral as competições eram diversão garantida, tanto melhor quando a prova era feminina e as participantes usavam calças – um espanto para os “bons costumes” da época. Surgiram clubes de mulheres, outra revolução de costume.
E as mulheres não só passam a usá-las cada vez mais como também fizeram do veículo “um símbolo de liberdade para o setor feminino, muitas vezes associando-o aos movimentos sufragistas”, como já foi visto na revista SModa.
A bicicleta pós 1914
O automóvel surge e como qualquer novidade é um instrumento para poucos, mirando-se exclusivamente para a classe rica e sua técnica para produção em larga escala foi tirada da experiência na fabricação de bicicletas.
Em pouco tempo a história da mobilidade humana seria completamente transformada pela comodidade e rapidez do automóvel.
A partir de 1914 inicia-se a 1ª grande guerra e os gastos devem ser racionados, e apesar das linhas férreas de trens o governo incentiva novamente o uso das bicicletas por questões econômicas.
Tempos modernos
Como qualquer tecnologia, a bicicleta sempre está mudando, e claro, para melhor. Pós segunda guerra , temos a famosa “American Way Life” com capas mostrando uma casa com uma bicicleta e um carro popularizando ainda mais as bicicletas na época.
Sua evolução consta de bicicletas BMX para jovens. Vale ressaltar a entrada em 1970 do triathlon e sua adesão a bicicleta , bem como novos esportes como a mountain bike trazida na década de 80.
Conclusão
Atualmente a bicicleta ganha cada vez mais espaço por ser um veículo não poluente, relativamente barato e atingindo o que hoje o homem moderno busca: saúde. Os governos no mundo todo trazem a bicicleta comunitária ou bicicleta compartilhada, bem como o cicloturismo onde atletas viajam para cidades de bicicletas.
Bicicletas primordiais
O homem criou a roda e a partir daí não mais parou de inventar meios para se locomover. Tudo começou por volta de 1790, em Paris, pelo conde Mede de Sivrac. Ele ligou um pedaço de madeira a duas rodas e chamou de celerífero. Eram apenas duas rodas e uma base. Nada de jogo de direção, pedais ou freios e o impulso era realizado com os pés.
Em 1817 o Barão Von Drais incrementou o projeto do celerífero. Engenheiro agrônomo e florestal vindo de família rica, este pode ser considerado de fato o inventor da bicicleta.
Instalou em um celerífero um sistema de direção que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento e um sistema rudimentar de freios juntamente com um ajuste de altura do selim para facilitar o seu uso por pessoas de diversas estaturas.
Selim como era chamado a atual sela era semelhante a uma sela de cavalo. Utiliza-la era simples, o condutor se sentava no selim, utilizava os pés em uma corrida para ganhar impulso até que a velocidade atribuísse equilíbrio e somente então era a hora de levantar os pés e seguir o caminho até haver uma necessidade de uma nova tração.
Então Nascia a Draisienne
Mesmo patenteada, muitas Draisiennes modificadas começam a aparecer pela Europa , com toques de metais , melhor aerodinâmica entre outras modificações.
Graças a esses feitos no dia 20 de abril de 1829 acontece a primeira competição em Munique. Envolvendo 26 draisianas foi realizada numa distância de 4,5 km e seu vencedor cumpriu o trajeto em 31,5 ‘minutos, a uma média de 8,6 km/h, um feito para a época.
Já em 1839, o ferreiro escocês nomeado Kirkpatrick Macmillan inventou o que era de extrema importância para a futura bicicleta: o pedal. colocado junto à roda traseira por meio de um manete. Este sistema era semelhante ao daqueles carrinhos de pedais usados por crianças.
O pedal deu a bicicleta mais rapidez e estabilidade. A invenção da bicicleta de pedais é atribuída a MacMillan, apesar de seu modelo ter começado a ser fabricado pelo inglês Thomas McCall, 30 anos depois.
Alguns historiadores duvidam que o invento possa ser creditado a MacMillan: Afinal não restam nem esboços nem modelos anteriores aos de McCall.
Em 1855, o ferreiro francês na cidade de Brunel especialista em carruagens, Pierre Michaux, aprimorou o pedal e inserindo-o na roda dianteira facilitando assim a tração e tornando menos cansativo o uso do que seria taxado de bicicleta moderna.
Bicicletas da revolução industrial
No século XIX um momento muito especial na história da humanidade, com uma impressionante revolução de idéias, conceitos, inúmeras realizações e transformações sociais e finalmente chegamos na bicicleta que todos adoram ver.
A famosa Big Wheels , como o nome em inglês já diz são as “grandes rodas” com a roda dianteira extremamente desproporcional com a traseira.
Em 1870, a produção das bicicletas de roda alta, sendo um dos modelos mais conhecidos (e caros) nomeada de Ariel, tendo como seu inventor James Starley.
A história da bicicleta continua
Apesar de agora soar estranho, essas bicicletas era mais cômodas do que suas predecessoras, mas sua popularidade foi limitada porque “precisavam de um acrobata” para conduzi-las, segundo o site Ibike. A história da bicicleta é bem interessante.
Trata-se da primeira bicicleta totalmente fabricada em metal, graças aos avanços da metalurgia na revolução industrial para produzir peças leves e pequenas. As rodas eram cada vez maiores porque em cada pedalada se avançava mais e se ganhava mais velocidade tornando assim a mobilidade mais efetiva.
De fato, alguns modelos conseguiam atingir a marca de 40 km/h o que era um enorme feito para a época. Como a segurança era um problema, também foram fabricados modelos com três ou quatro rodas.
Bicyclette
Em seguida, a primeira bicicleta a possuir um sistema com corrente ligada às rodas foi projetada por H.J.Lawson, em 1874. Seu terceiro modelo, a “Bicyclette”, foi desenhado em 1879. Esta bicicleta já possuía maior estabilidade, segurança e conforto.
A partir de 1880, o inventor inglês John Kemp Starley projetou uma bicicleta semelhante as atuais. Possuía guidão, rodas de borracha, quadro, pedais e correntes.
Esta marca o que conhecemos como a bicicleta moderna. Elas se chamavam “safety bike” por conta da segurança que proporcionavam em comparação as “Big Wheels”.
A transmissão possibilitava que as rodas tivessem o mesmo tamanho, o que variava era o tamanho da coroa na dianteira e do peão na traseira.
Unidas pela corrente, essas peças podiam levar o ciclista a distâncias nunca antes imaginadas e com total segurança.
Tudo isso sem contar o rendimento energético, a força aplicada ao pedal rendia muito mais e com menos trabalho humano a cada pedalada por conta do sistema de corrente.
Vale salientar que a bicicleta até aí eram conhecidas como “shake bones” em português seria o “chacoalha ossos” devido as ruas serem de calçamento.
Rodas com pneus
Em 1888, John Dunlop acrescentou as rodas com pneus, tornando os trajetos mais cômodos. A partir dos anos 1890, as bicicletas começam a ser produzidas em larga escala.
Ciclistas organizaram-se em clubes, que realizavam grandes paradas, quase manifestações de poder. Para o público em geral as competições eram diversão garantida, tanto melhor quando a prova era feminina e as participantes usavam calças – um espanto para os “bons costumes” da época. Surgiram clubes de mulheres, outra revolução de costume.
E as mulheres não só passam a usá-las cada vez mais como também fizeram do veículo “um símbolo de liberdade para o setor feminino, muitas vezes associando-o aos movimentos sufragistas”, como já foi visto na revista SModa.
A bicicleta pós 1914
O automóvel surge e como qualquer novidade é um instrumento para poucos, mirando-se exclusivamente para a classe rica e sua técnica para produção em larga escala foi tirada da experiência na fabricação de bicicletas.
Em pouco tempo a história da mobilidade humana seria completamente transformada pela comodidade e rapidez do automóvel.
A partir de 1914 inicia-se a 1ª grande guerra e os gastos devem ser racionados, e apesar das linhas férreas de trens o governo incentiva novamente o uso das bicicletas por questões econômicas.
Tempos modernos
Como qualquer tecnologia, a bicicleta sempre está mudando, e claro, para melhor. Pós segunda guerra , temos a famosa “American Way Life” com capas mostrando uma casa com uma bicicleta e um carro popularizando ainda mais as bicicletas na época.
Sua evolução consta de bicicletas BMX para jovens. Vale ressaltar a entrada em 1970 do triathlon e sua adesão a bicicleta , bem como novos esportes como a mountain bike trazida na década de 80.
Conclusão
Atualmente a bicicleta ganha cada vez mais espaço por ser um veículo não poluente, relativamente barato e atingindo o que hoje o homem moderno busca: saúde. Os governos no mundo todo trazem a bicicleta comunitária ou bicicleta compartilhada, bem como o cicloturismo onde atletas viajam para cidades de bicicletas.